Devido a alguns acontecimentos recentes o CAMI, Clube Aventura do Minho emitiu um comunicado referente ao Rali Vinho do Porto.
“O CAMI tem sido confrontado nas últimas horas com uma grande de afluência de contactos por parte de concorrentes que se intitulam como inscritos no Rali Vinho do Porto e que têm manifestado perante o clube algum desconforto pelo facto de se terem inscrito numa prova que entretanto mudou de nome, mas que continua sendo anunciada como Rali Vinho do Porto. Acresce o facto de terem alterado à última hora o local de partida prevista inicialmente na Praça D. João I, sendo substituída pelo Freixo (Palácio do Freixo). Agendada amanhã dia 18 às 14.00 hrs.
Aos factos ocorridos o CAMI esclarece o seguinte:
Declinamos qualquer responsabilidade no que se refere à organização e promoção da referida prova.
O Rali Vinho do Porto encontra-se agendado no calendário da FPAK sendo a única prova com essa designação em Portugal e o CAMI a entidade responsável pela sua organização.
O CAMI apresentou à Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting, entidade que tutela o Desporto Automóvel em Portugal, o adiamento do Rali Vinho do Porto invocando motivos prontamente compreendidos pela FPAK.
Pelo que podemos apurar, a entidade Vintage Celebration que organiza a prova designada por Douro Experience-Rota das Vindimas, não tem competência legal para organizar provas desportivas de automobilismo. Nem a prova em questão tem a aprovação da Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting. O que, caso se apresentem classificações, divisão de carros por categorias com numeração de prova, etc, transforma o evento numa prova desportiva que, pelo facto de não ter Regulamento de Prova aprovado pela FPAK é considerada ilegal. vulgarmente designada como “pirata”.
Também apuramos que, por motivos internos das entidades, o Instituto do Vinho do Porto e a Porto Lazer deixaram de apoiar a prova em questão, agora designada como Douro Experience-Rota da Vindimas.
Consideramos esta situação preocupante, tivemos sempre uma postura passiva devido ao facto de a marca Rali Vinho do Porto, os Concorrentes e as instituições nos merecerem o máximo respeito e consideração. No entanto preocupa-nos o facto de os concorrentes estarem à margem do que se passa e provavelmente não terem consciência do risco que correm ao participar numa prova, que, pelos indícios demonstrados é ilegal.
É do conhecimento publico que recentemente partiu da Cidade do Porto um Rali Histórico Internacional, tendo ocorrido um acidente na zona do Caramulo, em que um concorrente se despistou causando a morte aos dois ocupantes, pai e filho. Situações como esta são motivos de grande preocupação.
A segurança das provas é um assunto que muito nos sensibiliza. Os recentes acontecimentos na Corunha são exemplo disso. Infelizmente pode acontecer, mas numa entidade que não tem competência nem experiência na organização de provas desportivas, o risco é francamente maior.
O CAMI está, como sempre esteve disposto a colaborar com todos os concorrentes, entidades e instituições, mas sempre dentro da legalidade.
A FPAK tem conhecimento dos factos e com certeza irá agir em conformidade.”