A longa e difícil Etapa de abetura do Rali da Finlândia foi repleta de drama e incidentes. Todos os três Citroën C3 WRC saíram ilesos, com Craig Breen a posicionar-se como o melhor da equipa, assegurando o quatro lugar na Etapa… e o primeiro entre os pilotos não finlandeses!
- O rali arrancou ao final da tarde de quinta-feira com a primeira passagem pela Super Especial de Harju. Craig Breen foi o melhor classificado entre os pilotos do Citroën C3 WRC, terminando na quarta posição.
- A longa Etapa de hoje adotou um formato bastante invulgar para o WRC. De manhã, as equipas começaram o dia com duas passagens por Halinen, Urria e Jukojärvi, ou seja, seis Especiais com uma distância tota de 83 km.
- Kris Meeke iniciou a ronda de passagens com uma excelente performance, alcançado o segundo lugar na ES2, a apenas um décimo de segundo do melhor tempo na Especial. De seguida, o piloto da Irlanda do Norte diminuiu ligeiramente o ritmo enquanto tentava obter uma maior dose de confiança nas Especiais finlandesas.
- A ES4 (Jukojärvi ) foi palco de uma série de incidentes, com Ogier e Paddon a abandonarem Etapa e Tänak a debater-se com problemas. Após uma aterrangem violenta na sequência de um salto, Craig Breen teve de lidar com problemas de comportamento no seu carro. Mas isso não impediu o irlandês de ficar mesmo à beira de um lugar no pódio da Geral.
- Por altura da Assistência Intermédia, Craig Breen era quarto, a 14,2 segundos do líder e a apenas 4 décimas de segundo do terceiro classificado. Kris Meeke era sétimo da geral, a 20,2 segundos do primeiro, e continuou a reportar qua não se sentia totalmente confiante no carro.
- Depois da Assistência de meia-hora em Jyväskylä, a prova foi retomada para mais seis Especiais: duas passagens por Äänekoski e Laukaa intercaladas por uma passagem por Lankama e, depois, uma segunda passagem pela Super Especial de Harju.
- Utrapassado por Ostberg na Geral na ES8, Craig Breeen recuperou o quatro lugar na Especial seguinte. Depois, Craig deu consigo num confronto direto com Hänninen, que recorreu ao seu profundo conhecimento da zona para se manter à frente do irlandês.
- Ainda a debater-se com falta de confiança a bordo do seu carro, Kris Meeke perdeu tempo ao danificar a direção depois de embater numa pedra que se encontrava na sua trajetória. Depois de endireitar o tirante da direção, Meeke regressou à ação com o oitavo lugar de Thierry Neuville na sua mira.
- Craig Breen terminou a Etapa na quarta posição. Sendo o único piloto não finlandês nos cinco primeiro lugares, Breen podia dar-se por contente ao manter-se na luta por um lugar no pódio. A meio da jornada da tarde, estava apenas a 14,9 segundos do terceiro lugar.
- Ao volante do terceiro C3 WRC inscrito pela Citroën Total Abu Dhabi, Khalid Al Qaassimi chegou ao fim de uma Etapa que lhe foi particularmente difícil. Depois de trabalhar no set-up ao longo de todo o dia, o piloto do Abu Dhabi chegou a Jyväskylä na 20ª posição.
- A segunda Etapa a disputar amanhã, sábado, será consideravelmente mais curta. As equipas terão, contudo, de cumprir oito Especiais, incluindo duas passagens por Ouninpohja.
O QUE ELES DISSERAM…
YVES MATTON, DIRETOR DA CITROËN RACING: “No cômputo geral, foi uma primeira Etapa bastante positiva. Ao longo do dia, o Craig Breen conseguiu fazer tempos que ficaram apenas a algumas décimas de segundo dos pilotos da frente e ficou no comando da ‘classificação não oficial’ de pilotos não finlandeses. Isto demonstra o nível de performance do Citroën C3 WRC e mostra que o trabalho feito ao longo dos últimos meses foi eficaz. O Kris Meek teve alguma dificuldade em descontrair e o ligeiro embate numa pedra forçou-o a levantar o pé. Em todos os troços, ele conduziu com inteligência e sensibilidade. Amanhã não nos podemos dar ao luxo de abrandar, pois a segunda Etapa vai trazer mais dificuldades.”
KRIS MEEKE: “Foi um dia bom, mesmo que nem tudo tenha sido perfeito. De manhã, depois de aterrar com força a seguir a um salto, tive a sensação de que algo não estava bem com o comportamento do carro, e foi piorando com o andamento. Na Assistência, a equipa fez a sua’ magia’ e o C3 WRC que me devolveram estava como novo, mas acabei por ter mais alguns ligeiros problemas na segunda ronda. As minhas notas de andamento não foram sempre perfeitas e houve sítios em que acabei por ser cuidadoso demais. Cada décima de segundo que perdemos é muito díficl de recuperar, mas ainda há um longo caminho a percorrer, ainda nem sequer vamos a meio.”
CRAIG BREEN: “Obviamente que o dia não correu como eu esperava. Não conseguiu encontrar a mesma sensação de confiança que aqui senti o ano passado, quando ganhei o rali. Apesar dos nossos esforços e do trabalho feito na Assistência, não consegui colocar o carro como queria e andei sempre a tentar encontrar a melhor aderência possível. E é claro que também não foi o ideal fazer as últimas Especiais com problemas na direção.”
KHALID AL QASSIMI: “Foi um dia difícil, durante o qual perdi muito tempo. Andei constantemente à procura de tração e vi-me aflito para manter o carro numa trajetória direita. Fizemos muitas alterações ao set-up – diferencial, acelerador, molas – mas acho mesmo que há ainda muita coisa que podemos melhorar.”