Equipa nr. 86 foi maltratada nas 24 Horas TT 2015
A VERDADE DESPORTIVA FOI FALSEADA EM FRONTEIRA
Mais do que um Press Release, que serviria para agradecer aos nossos patrocinadores e amigos, terem permitido a nossa presença na edição 2015 das 24 horas TT Vila de Fronteira, gostaríamos de solicitar aos OCS a que esta nota vai chegar, a sua publicação e divulgação, para que se fique a saber por esses meios, algumas das injustiças que por vezes se cometem nas nossas provas de automobilismo, sempre protegendo os mais poderosos, em detrimento das equipas mais amadoras:
A equipa da Nissan Navara nr. 86, presente nas 24 Horas TT Vila de Fronteira, era constituída pelos pilotos Silvio Baptista / Bruno Baptista / Nélio Ferreira / Samuel Carvalho e deveria ter sido a vencedora do grupo T2, não fosse a proteção feita aos vencedores declarados da prova, integrantes da equipa nr. 65, à qual não foi aplicada a penalização devida, depois da sua equipa técnica ter mudado a caixa de velocidades da Navara, após os treinos cronometrados, realizados na sexta-feira, dia 29 de Novembro.
Na realidade, a equipa nr. 65, logo após os treinos cronometrados das 24 Horas TT Vila de Fronteira, recolheu como todos o fizemos às suas boxes e como todos sabem, é interdita, no caso deste agrupamento, a substituição dos elementos mecânicos selados pelo regulamento da prova, que neste caso eram marcados com tinta especialmente escolhida para o efeito.
Entre as 23 horas de 6ª Feira e as 5 da manhã de Sábado, foi grande a azáfama na boxe nr. 65 e nas boxes circundantes (pelo menos estiveram 4 boxes e respetivas equipas técnicas envolvidas) pois a equipa técnica da boxe onde estava a Navara nr.
65, não tinha meios técnicos para desmontar a caixa da Navara e uma outra que utilizaram para retirar peças, que
substituíssem as danificadas na primeira.
A caixa foi remontada às 5 horas da manhã, sem que nenhum Comissário Técnico estivesse presente, mas na presença de todas pessoas que estavam nas boxes circundantes – 15,16,17, 18 e 70 – que poderão testemunhar, se lhes pedirem, a veracidade destes factos.
Munidos com duas testemunhas, apresentámos um protesto formal à Direção da Corrida, pagámos a respetiva taxa e depois de analisarem a situação e consultarem os Comissários Técnicos, informaram-nos de que os selos estavam todos conformes (os selos a que se referiam eram de provas anteriores, pois a caixa não tinha sido marcada como a nossa, com a tinta da prova) e que apenas tinham substituído um disco de embraiagem, mas mesmo neste último caso, essa substituição nunca foi acompanhada, como é regulamentar, por um Comissário Técnico, pelo que também seria ilegal.
Confrontados com tudo isto, os Comissários Técnicos – que sabem exatamente o que se passou e quiseram proteger a equipa nr. 65, talvez por serem Campeões Nacionais e serem mais importantes que o nosso grupo de amigos, amadores e amantes deste tipo de provas – chegaram a dizer-nos que o nosso carro tinha passado nas VT quase por favor, pois também tinha irregularidades.
Finalmente, depois de terem passado por cima de tudo e todos, a equipa nr. 65, ainda teve a arrogância de nos dirigir palavras pouco simpáticas e mesmo ofensivas, perto do pódio final, certos de que não iriam ser penalizados – garantia que lhes terá sido dada pelos organizadores, mesmo sabendo que tinham falseado os regulamentos – facto que nos entristeceu, até porque não andamos nas corridas para alimentarmos o nosso ego ou para ganharmos a qualquer custo, mas sim pelo puro prazer de competir, principalmente em provas como estas, de cariz mais popularista.
Queríamos contar a verdade sobre o que se passou e temos testemunhas – muitas – de que o que reportamos se passou mesmo desta forma. Sentimo-nos desiludidos tanto com os nossos adversários – que até por serem campeões nacionais, deveriam ter mais responsabilidades – como com os organizadores e comissários, que ultrapassaram as suas competências e favoreceram indevidamente uma equipa. Todos pagámos o mesmo e todos merecemos o mesmo tratamento.
Foi isso que nos negaram, nem querendo sequer ouvir as nossas testemunhas, ou analisar as nossas provas, mais evidentes. Porquê?