» Ricardo Gomes terminou a 42ª Rampa Internacional da Falperra satisfeito e com objetivos cumpridos
» Apesar de um percalço inicial, o piloto bracarense mostrou o potencial do F4 da Racing Art
» Depois deste fim de semana, as rampas podem começar a fazer parte do calendário desportivo da nova competição de monolugares
O cenário era perfeito para Ricardo Gomes. Com a Falperra repleta de público, como é habitual, o piloto que aprendeu a gostar das corridas do lado de fora da pista, tinha como missão mostrar as potencialidades do monolugar da Racing Art. E foi isso que conseguiu, com um fim de semana a merecer nota positiva.
A história desta Falperra nem começou muito bem para Ricardo Gomes que, com um pequeno erro na chicane, acabou por embater nas proteções e danificar de forma significativa o monolugar. Mas a equipa técnica da Racing Art fez um trabalho estupendo, voltando a colocar o F4 Signatech em perfeitas condições 45 minutos depois, prova da qualidade do trabalho da equipa. A partir daí foi tentar encontrar o melhor compromisso de afinação para extrair o máximo do carro: “Durante todo o fim de semana, o nosso objetivo foi chegar aos tempos que considerávamos serem os possíveis para o nosso carro, tendo em conta que era a primeira vez que este carro competia de forma séria em ambiente de rampa. Apesar de termos chegado aos objetivos propostos, ficamos com a certeza de que podemos tirar ainda mais do carro, com mais experiência e quilómetros neste contexto. Foi um fim de semana de descoberta, mas terminamos com um bom feeling e com um sentimento muito positivo relativamente às prestações deste carro. Em circuito já há muitos mais dados e é uma realidade mais conhecida, mas em montanha, há ainda muito potencial a explorar. “
As sensações foram tão boas que a Racing Art pondera fazer um campeonato misto em 2024, com provas em circuito e em rampas. Ricardo Gomes correu na Taça de Portugal de Montanha de Monolugares, categoria que deveria ter mais pilotos, segundo o piloto: “Tivemos muito trabalho durante o fim de semana e o facto de existir esta categoria, deveria promover a participação de mais pilotos em monolugares. Admito que gostaria de ter tido concorrência em pista, pois é com essa luta que vamos buscar ainda mais tempo. Acredito que no futuro poderemos ter cinco ou seis carros, ou até mais, em competições deste género e aí, sim, poderemos ter grandes lutas.”
Ricardo Gomes fez questão de enaltecer a boa receção que o carro teve na Falperra, atraindo muitas atenções: “As pessoas gostam de ver estes carros e têm curiosidade em ver como funcionam e com passam na rampa. Do ponto de vista da imagem e competitivo, são carros espantosos e que têm muito potencial. E claro, competir na Falperra é sempre especial para mim e fazer parte desta festa é sempre um orgulho.”