A participação dos primeiros Mini nas corridas do Classic Super Stock (CSS) com vista à criação de um troféu monomarca em 2017 revelou-se um sucesso. No Estoril Iberian Festival, que se realizou no último domingo, competiram quatro Mini que mostraram o porquê de, em Inglaterra, serem o corpo e a alma de uma competição consolidada e bem sucedida.
Foi neste pressuposto que a RaceReady apostou e apresentou os primeiros quatro exemplares. Rui Costa, Fernando Soares, Alexandre Leal e Paulo Sousa foram os pilotos que fizeram as honras e, inseridos nas corridas do CSS, revelaram um potencial muito grande para animar e colorir as pistas nacionais com corridas divertidas e aguerridas, num estilo muito particular em que a genica e a maneabilidade são características do troféu.
Os dados estão lançados e a julgar pelo que se viu no Estoril, a fórmula promete. Rui Costa foi quem melhor se adaptou às especificidades deste carro que transforma o conceito de corridas de baixo custo em Portugal. Depois de ter sido o mais rápido nas sessões de treinos cronometrados, triunfou no confronto inaugural. Mas dos quatro pilotos em Mini 1300, obteve apenas a terceira volta mais rápida. Aquele que se revelou mais lesto numa só volta foi Alexandre Leal, que acabou em quarto. Fernando Soares regressou à competição para terminar em segundo, não sem antes protagonizar intensas e divertidas lutas pela primeira posição com Rui Costa. Paulo Sousa, que ainda recentemente venceu a corrida de homenagem a Carlos Gaspar, em Braga, com um Saab, rendeu-se aos pequenos modelos britânicos e no Estoril foi terceiro na estreia.
A segunda corrida foi igualmente divertida e entusiasmante, com os quatro Mini a discutirem entre si os melhores lugares desta categoria que se transformará em troféu em 2017. Rui Costa e Fernando Soares voltaram a procurar os limites na luta pela vitória. Isso resultou em melhorias de tempos consideráveis. De uma corrida para a outra, o melhor registo baixou mais de 1,3 segundos. O único aspecto que não mudou foi o triunfo de Rui Costa. Soares repetiu o segundo posto e Alexandre Leal foi terceiro.
Para Diogo Ferrão, da RaceReady, o conceito só pode ser bem-sucedido em Portugal. “Já tínhamos uma competição que promovia a competição de automóveis clássicos em que os baixos orçamentos são uma realidade. Mas quisemos ir mais além. Numa visita ao Reino Unido, assisti a corridas do Troféu Mini e faz todo o sentido ter algo deste género em Portugal. Porque os carros são carismáticos, muito divertidos, proporcionam corridas extremamente emocionantes com vários pilotos a rodarem no mesmo segundo e com o aliciante de não implicarem um grande investimento inicial, nem custos de manutenção elevados. Durante este ano, vamos continuar a ver Mini a competir no Classic Super Stock como aconteceu no Estoril. O objectivo é fazer com que em 2017 seja um troféu com corridas integradas no CSS ou autónomas, consoante a adesão verificada. Não temos dúvidas que está aqui um projecto para grelhas com mais de duas dezenas de Mini”, afirmou.